Por volta das 3h da madrugada de sábado (horário local), o presidente turco Recep Tayyip Erdogan chegou a Istambul. Uma multidão agitava bandeiras turcas, segundo imagens transmitidas por televisão, na espera de Erdogan. O presidente estava de férias com a família em uma cidade costeira do país.
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Ainda no aeroporto, em entrevista coletiva, o presidente turco responsabilizou Fethullah Gulen, político turco exilado nos EUA, pela insurreição. Pediu também que os responsáveis pela tentativa de golpe deponham as armas.
"Há na Turquia um governo e um presidente eleito pelo povo, e seu Deus quiser, vamos superar este desafio", disse Erdogan ao convocar os "milhões" de turcos a ocupar as ruas para defender a Nação.
"Os que vieram nos tanques serão capturados porque estes tanques não lhes pertencem", afirmou.
Erdogan afirmou que o hotel onde estava de férias em Marmaris, um balneário do sudoeste da Turquia, foi bombardeado após sua partida.
Mais cedo, Fethullah Gulen, que foi acusado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan de estar por trás da tentativa de golpe na Turquia, condenou o levante militar nesta sexta-feira e negou as acusações.
Após a chegada de Erdogan em Istambul, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, ordenou que as forças armadas abatam os aviões e helicópteros que estão em poder dos militares "golpistas", informou um funcionário turco.
"Os aviões de combate decolaram da base de Eskisehir", no oeste da Turquia, para enfrentar os aparelhos rebeldes, disse o funcionário.
O primeiro-ministro turco também afirmou que tentativa "idiota" de golpe de Estado deflagrada na sexta-feira por militares na Turquia fracassou e a situação "está amplamente sob controle". Yildirim também disse que mais de 120 pessoas foram presas durante a tentativa de golpe de Estado.
*AFP