Além dos franceses, pessoas de várias nacionalidades foram mortas na noite de quinta-feira no atentado de Nice, no sul da França, que deixou 84 mortos e dezenas de feridos, sendo 50 em estado crítico conforme o presidente François Hollande.
Confira as informações sobre as vítimas não francesas já identificadas:
– Três alemães, um professor e duas alunas ensino médio, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores da França.
– Dois norte-americanos, de acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby. De acordo com o jornal texano Austin American-Statesman, as vítimas são Sean Copeland, de 51 anos, e seu filho Brodie, de 11. Moradores do Texas, eles estavam passando férias em família em Nice, depois de uma estadia na Espanha, em Barcelona e Pamplona. Sean era funcionário de uma empresa de informática. O clube de beisebol Hill Country, em Austin, no qual Brodie jogava, publicou uma foto do menino na praça de Nice, enviada horas antes do atentado, com o comentário: "Ninguém merece este tipo de destino, menos ainda uma família tão fantástica".
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O que se sabe até agora sobre o atentado
Relembre ataques recentes na França
– Linda Casanova Siccardi, de 54 anos, turista suíça. Esta inspetora de alfândega estava de férias na Côte d'Azur com o marido, Gilles, um francês que sobreviveu ao atentado, segundo o prefeito de Agno (Tesino, sul), de onde era originária. O casal não tinha filhos.
– Fatima Charrihi, 60 anos, marroquina residente em Nice, era dona de casa e tinha sete filhos. A mulher, que usava o véu islâmico, "praticava um Islã moderado. Um Islã verdadeiro (...), não o dos terroristas", disse seu filho Hamza, à revista francesa l'Express.
– Viktoria Savtchenko, turista russa de 20 anos. Estudava finanças em Moscou. Estava com uma amiga de férias em Nice. A amiga sofreu ferimentos nas pernas, "mas sua vida não corre perigo", noticiou o site russo Novosti-24.
– O ataque também matou uma mulher armênia, de acordo com um comunicado do Ministério de Relações Exteriores do país.
– O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia anunciou a morte de um cidadão do país, sendo que outro foi ferido.
– O Ministério de Relações Exteriores da Bélgica informou que está sem notícias de cerca de vinte cidadãos do país.
– Bilal Labaoui, tunisiano nascido em 1987, também está entre as vítimas fatais conforme informou no Facebook o Ministério das Relações da Tunísia.
– Entre os dezenas de feridos, foram registrados um britânico e dois romenos, ao menos um português e duas crianças holandesas de 9 e 14 anos, todos internados, de acordo com as autoridades do país.
Também foram identificados alguns franceses, vítimas do ataque:
Timothé Fournier, de 27 anos, trabalhava em Paris. Ele morreu protegendo a esposa, grávida de sete meses, a quem conseguiu empurrar antes que o caminhão avançasse sobre ele, contou à AFP Anaïs, uma de suas primas.
– Era um homem muito bom, sonhador, sempre presente para sua mulher e seu futuro filho – acrescentou a prima.
Emmanuel Grout, de 48 anos, era um policial. Não estava de serviço no momento do ataque, segundo uma fonte policial. Segundo a revista Le Point, foi ver os fogos de artifício no Passeio dos Ingleses com a namorada, também policial, e a filha dela, quando foi atropelado pelo caminhão.
Robert Marchand, de 60 anos, era presidente e treinador do clube de atletismo Marcigny em Saône-et-Loire, localidade no centro-leste da França. O prefeito da cidade, Louis Poncet, disse à AFP que Marchand era "um homem muito dedicado, que inculcava nas crianças os valores do esporte".
Michaël Pellegrini, de 28 anos, era professor de economia em uma escola privada de ensino médio em Longwy, cidade do nordeste da França. Morreu no Passeio dos Ingleses ao lado da mãe, Véronique Lion, de 55 anos, auxiliar de um jardim de infância, e de seus avós, François e Christiane Locatelli, de 82 e 78 anos, respectivamente.