No primeiro dia útil desde os atentados de sexta-feira, os museus do Louvre e d'Orsay, em Paris, reabriram suas portas às 13h desta segunda-feira (10h de Brasília).
Desde cedo, turistas se aproximavam da entrada principal do Louvre, mantida separada por gradis. Na parte interna, militares das forças armadas e policiais com armas automáticas protegiam o local.
Pontos turísticos da capital francesa são considerados alvos dos terroristas, segundo as autoridades. Escolas e universidades também abriram nesta segunda-feira.
Um grupo de brasileiros aguardava a reabertura do Louvre. Régis Zimmer e a mulher Silvana Vicente, ambos com 33 anos, chegaram no sábado a Paris, vindos de um roteiro que passou por vários países europeus.
- Estávamos na Suíça quando ficamos sabendo (dos atentados), estávamos apreensivos, com medo, mas a agência de turismo informou que estava tudo tranquilo, que tinham sido reabertas as fronteiras. Só ficamos apreensivos com relação aos lugares públicos, aglomeração de pessoas - contou Régis.
- A gente não sabe quem é bom e quem é ruim. Mas, ao mesmo tempo que dá medo, a gente se sente seguro, porque há muitos policiais nas ruas - complementa Silvana.
Os ônibus de turismo não passam pelos locais da tragédia. Também evitam a Praça da República, local transformado em memorial às vitimas. Também gaúchos, Douglas Carvalho e a mãe Silvana Born contam que estavam apreensivos por conta das notícias que recebiam pela imprensa internacional, antes da chegada à França.
- No começo, eu estava ansiosa. Mais porque a família no Brasil estava muito preocupada - afirma Silvana, que compara:
- A nossa violência no Brasil é outra. Aqui é uma sensação de insegurança o tempo todo.
Douglas espera, com a reabertura dos museus, poder completar a viagem de forma mais tranquila:
- O clima estava um pouco tenso, com muitos policiais nas ruas. Mesmo assim conseguimos visitar a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo. E agora estamos um pouco mais relaxados.
Confira o mapa dos ataques:
*Zero Hora