A Rússia deve enfrentar pressões "diplomáticas, políticas, econômicas e outras" por ter "violado a soberania e a integridade territorial" da Ucrânia, afirmou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, buscando "enviar uma mensagem muito clara" nesta segunda-feira.
- O que desejamos é uma "desescalada" mais do que ver a Rússia continuar em seu caminho, no qual ela se comprometeu a violar a soberania e a integridade territorial de um outro país. Defender esse ponto de vista pode nos levar a recorrer a pressões diplomáticas, políticas, econômicas e outras - declarou o chefe do governo britânico, em Downing Street, após presidir uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.
Ele também qualificou como "muito preocupante" a eventualidade de um ultimato das forças russas aos militares ucranianos estacionados na Crimeia, estimulando-os a se entregarem sob pena de serem atacados.
Ao ser interrogado, mais cedo, sobre se o Reino Unido excluiria qualquer intervenção militar, o porta-voz do premier britânico respondeu que "apenas as soluções pacíficas e diplomáticas estão sendo estudadas".
Em Kiev, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, considerou a situação na Ucrânia como "a pior crise na Europa" desde o início do século e advertiu Moscou sobre os "custos significativos" que a intervenção militar na Crimeia pode ter.
- Há medidas de ordem diplomática que nós já começamos a tomar - declarou o ministro.
No domingo, ele anunciou a ausência de Londres nas reuniões preparatórias para o encontro do G-8, em junho, na cidade russa de Sochi.