No amanhecer de sexta-feira (noite desta quinta-feira no Brasil), quatro aeronaves enviadas a pedido da marinha australiana se dirigiam para a área onde imagens de satélite apontaram a existência de objetos que podem ser destroços do avião desaparecido da Malaysia Airlines. A distância da costa - quatro horas de voo do balneário de Perth - e fortes ventos dificultavam as buscas.
Os aviões esquadrinham uma área de 23 mil quilômetros quadrados. Em razão da autonomia de voo, as aeronaves podem sobrevoar a região apenas por duas horas e precisam voltar para a base.
No primeiro dia de buscas, com visibilidade limitada, nada foi encontrado, mas a procura foi reforçada pela chegada de um navio norueguês, que usaria um radar à noite. Outro navio mercante também está na área.
As imagens foram captadas em 16 de março, mas, segundo a imprensa australiana, só foram divulgadas ontem, depois de análises que confirmaram que podem ser uma pista. Um dos objetos tem 24 metros de comprimento. O outro é menor, informou John Young, funcionário da Autoridade Australiana de Segurança Marítima.
As autoridades da Malásia, muito criticadas por familiares dos 239 desaparecidos pela gestão da crise, afirmaram que as imagens representam um "indício crível" na busca.
Mesmo com a nova pista, as operações de busca seguiriam com a participação de 18 navios, 29 aviões e seis helicópteros, ao longo de dois grandes corredores, um no Oceano Índico sul e outro na Ásia central e do sul.