O chefe da oposição síria, Ahmad Jarba, acusou o regime de não mostrar qualquer "compromisso sério" durante a semana de negociações de paz em Genebra encerrada nesta sexta-feira.
- Nós não podemos falar de um compromisso sério por parte dos representantes de Assad - declarou Jarba à imprensa após uma primeira rodada de negociações a portas fechadas que terminou sem resultados concretos.
Jarba afirmou que a sua Coalizão participará da 2ª rodada de negociações em fevereiro, mas advertiu que o fornecimento de armas à rebelião irá continuar enquanto o poder não aceitar negociar um período de transição que resulte na saída do presidente Bashar al-Assad.
- Quanto mais o regime continua a adiar e evitar os seus compromissos (...) nas negociações de Genebra II, mais as armas dos nossos revolucionários que defendem nossa dignidade vão aumentar em quantidade e qualidade - lançou.
- Garanto a vocês que os compromissos dos países (pró-oposição) tornaram-se realidade e o apoio aos nossos revolucionários aumentou, como ouviram falar nos últimos dias - indicou Jarba.
A imprensa divulgou nesta semana informações sobre a decisão não oficial do Congresso americano de fornecer armas para a rebelião síria.
Washington não confirmou esta informação.
- Quando o regime parar de agredir o povo com seus aviões, barris explosivos, ele poderá solicitar o fim da ajuda (fornecida) à oposição para se defender - acrescentou Jarba.
Segundo o chefe da Coalizão, as negociações iniciadas em Genebra, em 25 de janeiro, e que prosseguiram por uma semana sem atingir resultados concretos, assina a sentença de morte do regime.
- A única verdade é que a aceitação por parte do regime de sentar-se à mesa de negociações é o começo do fim - disse.
- Ele cavou sua própria sepultura - acrescentou o opositor, antes de lançar: "o povo quer a queda de Assad".