Forças americanas capturaram na Líbia o membro da rede Al-Qaeda Abu Anas al-Libi, procurado por suspeita de participação nos atentados às embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia em 1998, informou uma fonte do governo dos EUA à rede CNN.
Ele teria sido "sequestrado" por homens armados, neste sábado, em Trípoli, disse à AFP uma pessoa próxima.
- Foi sequestrado perto de sua casa depois da oração do amanhecer por um grupo de homens armados - confirmou essa fonte, que pediu para não ser identificada, acrecentando que a família de al-Libi está sem notícias dele desde a manhã.
A operação para Abu Anas al-Libi teria sido realizada com o conhecimento do governo líbio, de acordo com o funcionário americano.
Al-Libi, cujo verdadeiro nome é Nazih Abdul Hamed Al Raghie, de 49 anos, foi membro do Grupo Islâmico de Combate Líbio (GICL) antes de se incorporar à Al-Qaeda. O objetivo do GICL era derrubar o regime de Muammar Khadafi e, em seu lugar, instituir um Estado islâmico radical.
Segundo fontes ligadas ao caso, Abu Anas al-Libi voltou para a Líbia depois da queda de Khadafi, em 2011. Essa ofensiva coincide com outra incursão dos comandos especiais americanos para prender um líder das milícias islâmicas somalis.
O governo americano chegou a oferecer recompensa de até US$ 5 milhões por Al-Libi, que está na lista dos mais procurados pelo FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos). Ele é acusado por um tribunal de Nova York de envolvimento nos atentados de 7 de agosto de 1998 contra as embaixadas dos EUA em Dar-es-Salaam e Nairóbi. Mais de 200 pessoas morreram em ambos os ataques.