Durante as celebrações pela Independência da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro, anunciou ter oferecido "asilo humanitário" ao consultor de Inteligência americano Edward Snowden, procurado pelas autoridades dos Estados Unidos.
- Declaro aos governos amigos do mundo que decidimos oferecer esta figura do direito humanitário internacional para proteger este jovem - disse Maduro durante um desfile militar em Caracas.
O anúncio ocorre um dia após a reunião entre os presidentes de Bolívia, Equador, Argentina, Uruguai, Venezuela e Suriname, na cidade de Cochabamba, para analisar a afronta ao presidente boliviano, Evo Morales, que teve o acesso negado ao espaço aéreo de vários países europeus diante da suspeita de transportar Snowden.
0 avião de Morales, que retornava a La Paz após uma visita a Moscou (onde se declarou disposto a analisar um pedido de asilo de Snowden) teve que fazer uma escala de 13 horas em Viena, depois de Portugal, Espanha, França e Itália fecharam seu espaço aéreo.
Snowden, que apresentou pedido de asilo a diversos países, incluindo o Brasil, expôs a existência de um programa do governo de Barack Obama para espionar as comunicações em nível mundial, e a partir de então tem sido caçado pelo governo dos Estados Unidos. França e Itália indicaram na quinta-feira que não receberiam o ex-consultor, seguindo os passos de Brasil, Alemanha, Noruega, Índia, Polônia, Islândia, Áustria, Finlândia, Holanda e Espanha.
Snowden, 30 anos, ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA), permanecia nesta sexta-feira bloqueado na zona de trânsito do aeroporto de Moscou.