O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) se preocupa em mostrar que a Venezuela vive uma democracia plena, ao contrário do que dizem os críticos. Reeleições ilimitadas do presidente e restrições à liberdade de expressão aparecem como elementos de um suposto autoritarismo. O governo nega. Diz que o processo eleitoral é liso como os das democracias mais avançadas.
Para comprovar isso, chamou observadores internacionais que ficarão 10 dias de olho nas ruas e nas urnas.
Um deles é o desembargador gaúcho Rui Portanova, que busca informações a respeito da política venezuelana antes de viajar, na próxima segunda-feira. Um diagnóstico, porém, ele já construiu: o acirramento da disputa se deve ao seu "caráter plebiscitário".
- Quero ver tudo, conhecer tudo. Saber como é a democracia por lá. No Brasil, não conseguimos viver sem eleições.. Eles têm lá suas peculiaridades. Para saber, só indo até lá, entrando na ideia deles. Falamos da Venezuela e do seu sistema. Mas e o sistema americano, com apenas dois partidos disputando a presidência? Não é a maior democracia do mundo? - diz Portanova, ansioso pela viagem e pelo que vai encontrar.
Um dos fatores em suspeição, neste momento do processo eleitoral venezuelano, são as pesquisas. Há grandes variações. A do instituto Consultores 21 mostra Capriles com 48,9% e Chávez com 45%. Para o instituto Hinterlaces, Chávez tem 50% contra 34% de Capriles. Já para o Datanálisis, Chávez tem 49,4%. Capriles, 39%. Quem está com a razão? A resposta virá. No dia 7.
CAMPANHA TENSA
Um pleito sob observação externa
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