Depois de cerca de dez dias internada em estado grave em Punta Cana, no Caribe, a dentista gaúcha Chayane Viana, voltou para o Brasil. Ela saiu de Punta Cana na tarde de sábado (13), em um avião equipado com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e acompanhada de uma equipe médica. A aeronave pousou por volta das 3h deste domingo (14) no Aeroporto Salgado Filho. Chayane vai continuar o tratamento contra uma pneumonia grave no Hospital Conceição, em Porto Alegre.
— Sensação de felicidade e alívio por conseguir trazê-la para casa, perto da família e amigos. E o principal, com saúde — afirma o marido, Maurício Nowak, que estava com a esposa em Punta Cana.
O casal foi à República Dominica para passar a virada de ano. As férias terminariam no domingo passado (7), mas dias antes a dentista começou a sentir os primeiros sintomas. Ela foi internada às pressas em um hospital particular de Punta Cana, uma vez que o país não possui rede pública de saúde. Durante esse período, a gaúcha esteve sedada e com quadro grave. Agora, já acordada, Chayane conseguiu falar por mensagem com os parentes mais próximos. Para eles, relatou a felicidade de estar de volta ao Rio Grande do Sul: "Quando eu vi o Guaíba, fiquei emocionada".
O marido de Chayane conta que a esposa está melhor. Ela ficará no Hospital Conceição até que receba alta para poder voltar a Pelotas, onde a família mora.
— A equipe médica aqui do Brasil está fazendo um check-up. A Chayane apresentou melhora, mas hoje está cansada. Ela ficou muito eufórica, animada ao chegar no RS — relata Maurício.
A volta para o Brasil era o objetivo da família desde o primeiro dia de internação. Só que o alto valor do transporte aéreo com UTI foi um empecilho. O custo orçado foi de R$ 496 mil. Além disso, o marido de Chayane também precisou arcar com as despesas do tratamento em Punta Cana, em torno de R$ 380 mil. A seguradora contratada informou a ele que não cobririam os custos (leia a nota enviada pela seguradora abaixo). Maurício conta que conseguiu o transporte graças a uma vaquinha online organizada pela família e ao apoio da empresa de São Leopoldo onde ele trabalha, que emprestou parte do valor necessário.
— Sinceramente, na próxima semana, começo a pensar formas de pagar a fatura do mês de fevereiro, que tem todo custo do hospital (US$ 78mil). O importante agora é tentar chegar o mais próximo possível da meta da vaquinha, porque é com ela que vamos pagar a empresa que nos ajudou com o custo do transporte.
Nota da Mastercard
"A Mastercard se solidariza com a situação pela qual a sra. Chayane Viana e sua família estão passando no momento. A empresa esclarece que para a contratação do Seguro Viagem é imprescindível a emissão do bilhete de seguro antes da viagem para que as coberturas sejam válidas, conforme consta no portal de benefícios da Mastercard e atendendo à regulamentação da indústria. Assim que o sinistro foi acionado e analisado, as equipes de assistência da AIG forneceram os devidos esclarecimentos informando que, como o bilhete de seguro da segurada foi emitido somente após sua internação, já durante a viagem, infelizmente as coberturas não são elegíveis em seu caso."