A espera de três dias após a morte para realização do enterro do pastor goiano que deixou uma carta dizendo que ressuscitaria virou motivo de autuação da funerária responsável pela preparação e pelo enterro do corpo. O religioso Huber Carlos Rodrigues morreu na última sexta-feira (22), em decorrência de complicações cardiorrespiratórias.
De acordo com informações do portal g1, a Vigilância Sanitária de Goiatuba, em Goiás, informou que a funerária pode ser punida. Conforme o órgão, não foi respeitado o prazo máximo de 24 horas para preparação do corpo. A vigilância afirmou, ainda, ter autuado a funerária em visita presencial na segunda-feira (25). O estabelecimento, porém, garante que não cometeu irregularidades durante o trabalho.
No trâmite do processo administrativo, a funerária tem prazo de 20 dias para apresentar defesa. Na sequência, o caso deve ser avaliado por uma junta da Secretaria Municipal de Saúde. A análise decidirá o que vem em seguida: se os avaliadores entenderem que não houve irregularidade, o processo é arquivado. Caso contrário, pode haver punição — que varia de advertência à aplicação de multa ou até interdição do local.
Relembre o caso
O pastor Huber Carlos Rodrigues morreu na última sexta-feira, no município goiano de Itumbiara. O enterro, porém, foi adiado porque, em 2008, o religioso redigiu uma carta afirmando que teve divinas revelações do Espírito Santo e que passaria por um "mistério de Deus", ressuscitando às 23h30min do terceiro dia após sua morte.
Por conta disso, a viúva, pastora Ana Rodrigues, pediu que a solicitação do marido fosse respeitada. Com o fim do prazo, o sepultamento ocorreu na terça-feira (26).