Uma jovem de 18 anos e o namorado, de 21, acusam um motorista de aplicativo por agressão. O caso ocorreu na madrugada deste sábado, (10), no bairro Petrópolis, em Porto Alegre.
Bastante abalada, a mãe da menina conta que a filha estava em um encontro com alguns amigos na companhia do namorado e da irmã mais nova, de 17 anos. Por volta da 0h50min, eles pediram um carro pelo aplicativo 99. Ao chegar ao local e ver que os jovens estavam com copos de bebida na mão, o condutor teria dito que não aceitava o ingresso no veículo com as bebidas.
— Eles jogaram a bebida fora e o homem começou a dizer: "Eu não vou levar mais vocês", e agrediu verbalmente meu genro. Eles retrucaram e o motorista desceu do carro com uma barra de ferro na mão e foi para cima da minha filha, que tem 1m56cm — relata a mãe da jovem.
Para proteger a garota, o namorado colocou o braço na frente dela, conforme os relatos. Durante a confusão, o condutor teria esganado a menina. Em pânico, todos ingressaram no prédio novamente e pediram outro carro do mesmo aplicativo. Depois que partiram, o carro andou poucos metros e teria sido abordado pelo suspeito de agressão, que aguardava os jovens na companhia de mais dois colegas, conforme a mãe da vítima.
— Ele foi no banco de trás e puxou minha filha pelos cabelos. Meu genro desceu do veículo e bateu com uma pedra no motorista. O novo condutor a puxou de volta para o carro e eles conseguiram sair. Estou chocada — descreve a mãe.
A família fez um boletim de ocorrência e acionou o aplicativo, que, segundo a mãe da menina, lamentou o ocorrido. O suspeito de agressão também registrou um boletim de ocorrência contra os jovens.
— Cada um alega ter sido vítima de agressões. Então, a partir de agora, vamos encaminhar a ocorrência para o distrito que vai ficar responsável pela investigação. Lá, eles vão ouvir as testemunhas, se necessário as supostas vítimas e acusados novamente, e analisar câmeras de vigilância para conseguir apontar o que foi que aconteceu, e ao final a gente conclui se as agressões foram mútuas, quem deu início a elas, se houve legítima defesa — explica Rodrigo Reis, coordenador das Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento de Porto Alegre.
GZH tentou contato com o motorista e seus familiares, mas não conseguiu retorno.
Nota da 99
A 99 mandou nota a GZH, dizendo que lamenta profundamente a situação envolvendo uma passageira e seu namorado e um motorista parceiro da plataforma. Confira a íntegra:
"Assim que tomamos conhecimento, banimos o condutor e mobilizamos uma equipe que está em contato com as vítimas para oferecer todo o acolhimento e suporte necessários. Estamos totalmente disponíveis para colaborar com as investigações da polícia.
Atitudes de violência são repudiadas veementemente pela empresa. Temos uma política de tolerância zero em relação a isso. Esclarecemos ainda que todos os usuários, sejam eles motorista ou passageiro, devem se tratar com respeito, boa fé e profissionalismo. Em comportamentos como esse, que vão contra os Termos de Uso da Plataforma e o Guia da Comunidade, todas as medidas cabíveis são adotadas - o que inclui o bloqueio do perfil.
Priorizamos a segurança de motoristas e passageiros oferecendo formas de proteção, além das funcionalidades do aplicativo. A 99 também disponibiliza câmeras de segurança com lente olho de peixe, visão noturna e botão de emergência; gravação de áudio; compartilhamento de rotas; um botão no app para ligar direto à polícia; e a opção de motoristas mulheres viajarem apenas com passageiras mulheres.
Em caso de necessidade, a 99 oferece uma Central de Segurança formada por mais de 190 especialistas que trabalham 24 horas por dia e 7 dias por semana, no atendimento imediato e suporte humanizado a usuários."