Capitão do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo declarou nesta terça-feira (1º) que só um milagre pode ter salvo o homem que caiu quando um prédio desabou no Largo do Paissandu, em São Paulo, durante a madrugada. A vítima, que estava sendo resgatada no momento em que a estrutura ruiu, ainda não foi localizada.
— Mantemos um fio de esperança. Mas ele caiu do nono andar, e todo o prédio de 22 andares desabou. Precisaria de um milagre. Trabalhamos incessantemente apesar disso. Nosso trabalho é garantir a segurança e continuar no objetivo de encontrá-lo — mencionou.
Sobre as causas do incêndio e desabamento do prédio, o capitão do Corpo de Bombeiros disse que ainda não há uma hipótese. Segundo ele, a polícia levantará as informações necessárias, e a causa será apontada no inquérito.
O porta-voz da corporação reforçou o fato de que o prédio passou por vistoria e que o relatório foi encaminhado ao Ministério Público para que as ações fossem tomadas.
— Todos os órgãos não vão sozinhos resolver o problema. A gente espera que esses relatórios possam ser empregados para tirar as pessoas da situação de risco —
Segundo o tenente Guilherme Derrite, não há risco de desabamento em nenhuma das outras três estruturas atingidas pelo desabamento, que seriam a igreja, o prédio ao lado e o da frente.
O Corpo de Bombeiros afirmou que a assistência social da prefeitura informou que no edifício moravam 317 pessoas de 118 famílias. Dessas, 45 pessoas não foram localizadas após o desabamento, mas não são consideradas oficialmente desaparecidas porque não há confirmação de que no momento da queda elas estavam no local. O prédio tinha dois andares de subsolo que também era ocupados por moradores.
O Corpo de Bombeiros informou que as operações devem continuar durante a noite desta terça-feira e já foi providenciada iluminação artificial para a área. Sobre o prazo de 48 horas para uso de maquinário pesado, o capitão Palumpo explicou que, nesse período, os bombeiros vão trabalhar para remover entulhos do entorno da área do desabamento.
— Depois desse prazo é que começaremos a remover lajes com ajuda de maquinário e dar continuidade às buscas. Agora, isso não pode ser feito por questões de segurança — frisou.
Os trabalhos na área podem se estender por mais de uma semana, completou o oficial.