Um balão de ar quente de 30 metros de altura foi o protagonista de um protesto realizado pela ONG WWF Brasil na manhã deste domingo, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
A organização não governamental, uma das maiores na luta por questões ambientais, pede o veto de Michel Temer às medidas provisórias 756 e 758, que liberam uma área de cerca de 597 mil hectares na Amazônia para exploração.
Leia mais:
Câmara libera para exploração 597 mil hectares de área na Amazônia
Amazônia teve a maior taxa de desmatamento dos últimos sete anos
Ação na Amazônia é ponta de lança de outras parcerias Brasil-EUA
Com a mensagem "Pela Amazônia, VETA TUDO, Temer!", os manifestantes ressaltaram que termina nesta segunda-feira o prazo para que o presidente vete as medidas. As principais áreas liberadas pelas MPs abrangem 86 mil hectares da Floresta Nacional do Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim e mais de 101 mil hectares do Parque Nacional de Jamanxim, ambas unidades de conservação localizadas no oeste do estado do Pará.
Na prática, o Parque do Jamanxim acabará. Em seu lugar, será criada a área de proteção ambiental (APA) Rio Branco. Ao fazer essa reclassificação, a área poderá ser usada para retirada de madeira, agropecuária e mineração, além de poder ser comprada e vendida por particulares.
A principal preocupação em mexer na classificação do Parque Nacional do Jamanxim era liberar áreas para a construção da ferrovia EF-170, a chamada Ferrogrão, que tem previsão de ser construída numa área paralela à rodovia BR-163, ligando o Mato Grosso ao porto de Itaituba, no rio Tapajós, no Pará.