O subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Mário Ikeda, diz que a corporação vai acompanhar, a partir da madrugada desta sexta-feira (30), a movimentação em frente às garagens de ônibus de Porto Alegre. Se houver motoristas que quiserem cumprir expediente, mesmo com a greve geral, Ikeda afirma que a BM dará cobertura.
– A BM está organizada para garantir tanto o direito à greve quanto o direito ao trabalho. Se houver uma pessoa que queira trabalhar, nós vamos garantir a saída do ônibus – disse Ikeda.
Conforme o oficial, foi montado um esquema especial para que mais PMs estejam nas ruas nas primeiras horas de sexta, tanto para Porto Alegre, quanto para municípios no Interior.
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A Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) informou, nesta quinta-feira (29), que as empresas de ônibus da Capital irão descontar o salário dos funcionários, caso os veículos não saiam das garagens.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, os condutores pretendem trabalhar normalmente. O vice-presidente da entidade, Emerson Dutra, disse a ZH que os motoristas tiveram o ponto cortado em abril e que, por isso, não querem sofrer novo corte.
Mesmo assim, as centrais sindicais prometem montar piquetes para tentar bloquear a circulação dos ônibus a partir das 4h. A restrição da circulação de pessoas é um dos itens considerados fundamentais para o sucesso ou o fracasso de uma greve.