Desde que passou a cobrar uma taxa de turismo sustentável de R$ 2 por diária de apartamentos e hospedagens em Gramado, no mês de maio, o município já arrecadou cerca de R$ 1,5 milhão. De acordo com a secretária de Turismo de Gramado, Rosa Helena Volk, a média de recolhimento gira em torno de R$ 180 mil por mês.
É menos do que os R$ 3 milhões por ano projetados inicialmente. O valor é repassado para investimentos em turismo da Gramadotur e o Convention & Visitors Bureau de Gramado.
De acordo com João Pedro Till, presidente da Gramadotur, o valor arrecadado depende do número de hóspedes, mas ele acredita que ficou abaixo do esperado também pela sonegação. "Temos que trabalhar a partir de janeiro para aumentar a arrecadação", defende.
A Gramadotur diz que acumulou um saldo de R$ 845 mil da taxa de turismo que pretende aplicar na melhoria de equipamentos voltados ao turismo. A decisão sobre quais projetos terão prioridade deve ocorrer em janeiro. Conforme o presidente da autarquia de turismo, o plano inicial é utilizar parte da verba para recuperação do complexo da Festa da Colônia na ExpoGramado, trocando o piso onde funcionam as cozinhas italiana, alemã e o restaurante.
O outro projeto que disputa a verba é a recuperação do pavilhão número 3 da ExpoGramado, atingido por um incêndio há cerca de cinco ano, que destruiu telhado e boa parte da decoração de Natal. Só que esta obra está orçada em R$ 3 milhões, três vezes mais do valor atual em caixa.
"Vamos estudar agora em janeiro se faríamos um financiamento para depois ir pagando com o valor da taxa", explica Till.
A medida adotada por Gramado em maio também está sendo copiada por Bento Gonçalves. O projeto que cria uma taxa de turismo sustentável de R$ 2 para hóspedes do município do Vale dos Vinhedos entra em pauta da Câmara de Vereadores nesta quarta-feira, a partir das 16h.