Depois de se reunir com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na manhã desta terça-feira, o prefeito José Fortunati afirmou que, caso Vieira da Cunha (PDT) não consiga aliados até sexta-feira, o caminho do partido deve ser apoiar a candidatura de Sebastião Melo (PMDB) à prefeitura de Porto Alegre.
Lupi veio a Porto Alegre para discutir a situação da chapa encabeçada por Vieira, que está com dificuldades para construir alianças que lhe garantam maior solidez eleitoral e tempo de propaganda no rádio e na TV. O presidente nacional do PDT se reuniu primeiro com Fortunati, na prefeitura, às 11h. Depois, participou de almoço com lideranças partidárias na casa de Vieira.
- Se não vier a aliança (para Vieira), obrigatoriamente vamos estar aliançados com o Melo. Isso é consenso entre todos. O próprio Vieira ressaltou no almoço que, se porventura não der certo, o caminho é de apoio ao Melo - disse Fortunati.
Leia mais:
Lupi pede tempo para construir apoio a Vieira em acordo nacional
PSOL confirma Luciana Genro candidata à prefeitura de Porto Alegre
Ele afirmou que, na conversa com Lupi, opinou em favor da coligação com o PMDB em caso de fracasso nas buscas por apoio. Atual vice-prefeito da cidade, Melo conta com a simpatia de Fortunati desde o início do processo eleitoral. Caberá a Lupi o derradeiro esforço para viabilizar a candidatura própria do PDT. A estratégia é buscar coligação com o PSDB e o PP.
- A minha posição é de que não podemos embarcar na aventura que é ir sozinho para uma disputa eleitoral. O retorno que tive é de que o Lupi puxou para si a responsabilidade de conversar com o Aécio Neves (senador e presidente nacional do PSDB) para ver se retiram a candidatura do Marchezan (Nelson, candidato do PSDB em Porto Alegre). Ele também vai falar com o Ciro Nogueira (senador e presidente nacional do PP) para tentar o apoio do PP. O prazo dado pelo próprio Lupi é sexta - relatou Fortunati.
O PDT também está preocupado com a eleição proporcional. A avaliação é de que a nominata do partido enfraqueceu em comparação com 2012 e, para não perder terreno na Câmara, será necessário buscar alianças.