Pagamento do transporte coletivo com cartão aumenta após o SIM Caxias

O percentual de pagamento de passagens do transporte coletivo com a bilhetagem eletrônica aumentou após a implantação do SIM Caxias. Quase dois meses após o início do sistema, 75,4% das viagens são pagas de forma eletrônica. Antes, eram 69%.

De acordo com o secretário de Trânsito, Manoel Marrachinho, o aumento é resultado da redução dos gastos dos passageiros devido à integração. Com o SIM Caxias, usuários que utilizam as estações de transbordo podem alternar entre a linha troncal e as alimentadoras pagando somente uma passagem, tanto em dinheiro, quanto em cartão. Para quem está fora das estações, porém, a troca de ônibus sem pagamento de nova tarifa ocorre somente com o uso do cartão.

A fatia de viagens integradas também aumentou desde o início do SIM Caxias. Antes o índice era de 2,6%, agora são 4,18%, passando de . A estimativa da secretaria é chegar aos 6%.

"A tendência é de que esse percentual aumente na medida em que os passageiros conheçam mais o sistema", projeta Marrachinho.

Devido ao aumento no uso do cartão, a secretaria decidiu mudar o projeto da futura troncalização do transporte no eixo norte-sul. A proposta era construir duas estações de transbordo fechadas, semelhantes aos terminais Floresta e Imigrante. Uma ficaria no trecho urbano da Rota do Sol, próximo ao porto seco, e outra em um terreno junto ao viaduto da BR-116 com a Rota do Sol. O modelo fechado permite a integração com dinheiro e cartão.

Na nova proposta, a estação junto ao viaduto da BR-116 será substituída por três estações abertas espalhadas em outros pontos. Duas vão atender os bairros Serrano, Jardim Iracema, Serraria, Jardim Eldorado e Jardim Adorado. A terceira atenderá a região de Ana Rech.

As estações abertas têm menor custo de construção e operação, mas não permitem a integração em dinheiro. Além disso, como o embarque ocorre pelas catracas, recebem poucas linhas alimentadoras para que não haja demora no embarque e atraso na operação.

A previsão é que o projeto do eixo norte-sul saia do papel apenas em 2017, mas ainda depende de recursos federais.