Na primeira noite de ocupação, 60 estudantes dormiram nas duas salas de aula destinadas ao movimento que iniciou na manhã da última quarta-feira, no Colégio Estadual Coronel Afonso Emílio Massot, no Bairro Azenha, na Capital, em busca de melhorias para a instituição. Esta é a primeira ocupação de escola pública na Capital, de acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc).
Apesar da visita do secretário estadual da Educação em exercício, Luís Alcoba de Freitas, no final da tarde de quarta-feira, na qual anunciou que a Secretaria da Fazenda (Sefaz) havia depositado naquele dia os valores da autonomia financeira referentes ao custeio dos estudantes do ensino profissional de novembro e dezembro de 2015, e repassado valores referentes às obras necessárias após o vendaval de janeiro, totalizando R$ 43 mil, não há previsão de encerramento do protesto.
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– Com isso, começamos a ter um progresso. Mas de forma alguma vamos deixar o colégio. Vamos ficar até chegarem todos os professores (Ciências, Geografia e quinto ano) e funcionários (para a merenda e monitoria) e as verbas ficarem em dia – avaliou Henrique Malet, 16 anos, aluno do primeiro ano do ensino médio e um dos líderes da ocupação.
Segundo ele, os estudantes vão permanecer nas dependências da instituição pelo menos até a assembleia dos professores convocada pelo CPERS, nesta sexta-feira à tarde, no Gigantinho.
– Se tiver greve, vamos apoiar os professores – destacou Henrique.
Protesto por melhorias
Mesmo com pagamento de parte da autonomia financeira e chegada de um professor, estudantes seguem ocupando o Colégio Emílio Massot
Cerca de cem alunos passaram a noite passada em camas improvisadas em duas salas de aula e pretendem continuar até que todas as reivindicações sejam atendidas pela Secretaria Estadual da Educação
Roberta Schuler
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