Ele aquece, dá energia e faz parte da rotina de boa parte da população que tem um dia especialmente dedicado a ele. Nesta quinta-feira, em vários locais do mundo, é celebrado o Dia Internacional do Café. E a bebida tem versões para todos os gostos: expresso, passado, pingado, cortado, cappuccino, gelado, misturas alcoólicas, entre outras.
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O "Diário" pesquisou o preço das variedades mais populares, o expresso (puro) e o pingado (com leite), em 13 estabelecimentos da cidade, entre cafeterias e padarias escolhidos aleatoriamente. O preço de uma das bebidas mais consumidas no país chega a ter uma variação de até 100%.
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Boa parte destes locais acaba virando redutos de grupos de apreciadores da bebida, que ser reúnem em duplas, trios ou em grupos, uma vez na semana ou todos os dias. Esses apreciadores da bebida sempre encontram um tempo para se dedicar à degustação.
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E justamente o gosto em comum pela bebida fez surgir um grupo que se autointitula a Turma do Cafezinho. Criado há cerca de 12 anos, o grupo é composto por cerca de 40 integrantes, a maioria homens. A turma reserva o horário das 13h, diariamente, para apreciar uma dose, atualmente, na Dani Café. O local da reunião já trocou de endereço, mas o encontro nunca deixou de ser realizado.
- Foi por causa do café que criamos esse grupo, era um gosto de todos. É um horário sagrado, um momento de relaxamento para conversar e falar bobagem - define o dentista Milton Farret, 70 anos.
Farret é um dos membros mais antigo da Turma do Cafezinho. Segundo ele, o grupo é composto por pessoas de diferentes idades, de jovens a idosos. Os apreciadores vão chegando aos poucos e ficam cerca de uma hora no local. E, além da reunião na cafeteria, a Turma do Cafezinho fez um grupo no whatsapp, e realiza, mensalmente uma festa dos aniversariantes e, ao final do ano, um amigo secreto.
- Às vezes, a gente não teria outra oportunidade para conseguir se reunir, ou mesmo não teríamos outra afinidade em comum, mas tem o café, que nos faz vir aqui todos os dias - completa Farret.
De pai para filho
Como o encontro para a degustação já é tradição, nada melhor do que repassar o hábito de pai para filho. E é o que faz, há cerca de um ano, o zootecnista Rafael Frescura, 43. Sempre que pode, o filho dele, Pietro Mutti Medeiros, de apenas 9 anos, acompanha o pai na reunião com os amigos.
- Pego ele na escola, almoçamos e viemos para cá. O café é a desculpa que a gente usa para estar entre os amigos. É uma hora no dia que a gente dedica a conversar e a dar risada, melhor do que qualquer programa de humor - faz questão de ressaltar o zootecnista.
E se engana quem pensa que tem hora certa para tomar a bebida. Conforme uma das proprietárias do estabelecimento, Tania Guehn Aita, os verdadeiros apreciadores da bebida chegam a frequentar o estabelecimento cinco vezes ao dia. Segundo Tania, o movimento é intenso durante todo o ano e o local chega a vender entre 300 e 400 cafés por dia.
- É uma união entre eles, clientes, e deles conosco. É gratificante poder receber eles, a gente começa a se tornar uma família. O café é um hábito saudável, que faz bem - resume Tania.
*Colaborou Andrelize Zanela