A Superintendência de Vigilância em Saúde de Santa Catarina confirmou nesta quinta-feira, dia 3, a existência de sete pessoas infectadas pelo zika vírus em Santa Catarina. Todas elas foram contraíram a doença fora do Estado. Nenhuma delas teve a doença confirmada por exame laboratorial.
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Essas sete pessoas confirmadas pelo critério clínico-epidemiológico (diagnóstico negativo para dengue, sarampo e rubéola) estão em Laguna, Florianópolis, Bombinhas e Gaspar, e o provável local de infecção nos estados de Maranhão, Bahia e Paraíba. O superintendente Fábio Gaudenzi de Faria explica que quando a pessoa tem os sintomas e vem de outro estado é tratada como se tivesse o vírus para carácter de monitoramento, ainda que o exame de laboratório não ocorra:
– Quando os pacientes vêm de área onde já há circulação do vírus, o ministério orienta que não se faça a coleta de exames, mas sim testes para outras doenças. Quando todo os exames para essas doenças dão negativos, damos como pressuposto que o paciente tenha zika vírus por ter vindo de área de transmissão.
Foi o que aconteceu com 20 outras pessoas que chegaram a Santa Catarina apresentando os sintomas, mas que deram positivo para dengue ou outras doenças que provocam vermelhidão na pele - como sarampo e rubéola.
– Com esses pacientes, é feita uma triagem para doenças que causam vermelhidão na pele. Se dá negativo, não tendo outra causa para o quadro clínico do paciente e ele vindo de uma área em que há transmissão do vírus zika, a gente infere que é um caso confirmado, mesmo sem exame de laboratório.
Casos com origem em SC
Santa Catarina ainda não tem casos registrados dentro de seu território. Apenas Itajaí levantou cinco casos suspeitos, dos quais três deles apontaram negativo nos exames laboratoriais e foram descartados. Os outros três ainda aguardam os resultados.
Combate ao mosquito em SC
Na próxima terça-feira, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina irá promover um encontro em São José onde todos os prefeitos, secretário municipais de saúde e representantes epidemiológicos de todo o Estado serão convidados para receber orientações para combater o mosquito Aedes aegypti. A intenção é mobilizar os municípios e população para tornarem efetivas as ações durante o verão a começar por uma ação conjunta no dia 12 de dezembro.
- O objetivo é reduzir a população do mosquito no estado. Nós temos um vetor de contaminação para dengue, febre chikungunya e zika vírus: o mosquito Aedes aegypti. É ele que temos que combater - reforça Faria.
Em agosto de 2015, antes dos recentes diagnósticos de zika vírus no Brasil, a Dive SC reuniu 57 munícipios catarinenses para promover o reforço de combate ao mosquito e anunciar a liberação de R$ 1,7milhão, divididos conforme a polução, para as cidades que assinassem tempo de compromisso com as ações. Ao todo, até o dia 1º de dezembro, 13 cidades não aderiram ao termo entre elas Itajaí e Balneário Camboriú. Também ficam de fora: Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Maravilha, Mondaí, Nova Erechim, Novo Horizonte, Palmitos, Serra Alta, Guarujá do Sul, Palma Sola e Xaxim.
- É importante ressaltar que o Estado pode mobilizar mas cabe aos municípios realizaram a prevenção e principalmente a população dentro de suas casas. Cerca de 80% dos focos do mosquito em áreas infestadas são áreas privadas.