O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira, ao chegar para o congresso do PMDB, que pretende apreciar todos os vetos presidenciais na sessão do Congresso, prevista para ser realizada nesta terça à noite.
- Vamos hoje realizar sessão do Congresso Nacional que apreciará todos os vetos que estão trancando a pauta. São 13 vetos - disse.
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Na segunda, o vice-presidente Michel Temer orientou os líderes e ministros a intensificarem as conversas com deputados e senadores para garantir o quórum na sessão e manter os vetos às chamadas pautas bombas, que podem causar impactos bilionários aos cofres públicos. O principal veto é ao reajuste dos servidores do Judiciário, que pode gerar uma despesa de R$ 36,2 bilhões até 2019. Além desse, há o veto ao texto que atrela o reajuste do salário mínimo aos benefícios do INSS, despesa extra de R$ 11 bilhões nos próximos quatro anos.
Segundo Renan, após a apreciação dos vetos, a intenção é continuar votando matérias importantes para o governo.
- Em seguida, vamos convocar sessões do Congresso para apreciar tudo que diz respeito ao orçamento de 2016 - afirmou.
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Entre outras propostas, Renan pretende colocar em votação o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016.
- A LDO já está pronta para votar. Se tiver condição, votamos hoje, se não houver, vamos convocar uma sessão para amanhã ou para a semana seguinte para votar todas essas matérias orçamentárias - afirmou.
Base
Renan evitou falar em saída do PMDB da base aliada do governo. Segundo ele, o fundamental é que o partido defina uma linha programática para que o país possa sair da crise.
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- O momento é de colaborar com saídas, apontar caminhos e direções. O PMDB está querendo prestar esse papel - afirmou.
Segundo Renan, o congresso que está sendo realizado nesta terça-feira em Brasília, com a apresentação "de um programa para o país", mostra que o PMDB está fazendo a sua parte.
- O Brasil vive um momento complicado e o PMDB está fazendo a sua parte, está apresentando ao Brasil um programa - disse.
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- O PMDB foi criado para defender os valores democráticos e tem neste programa uma oportunidade para renascer.
O presidente do Senado minimizou as dissidências no partido e afirmou que, "mesmo que não haja convergências sobre todos os pontos do programa, o PMDB está, sim, fazendo a sua parte".
- Evidente que o PMDB é um partido grande, democrático, e que não tem dono - afirmou.
*Estadão Conteúdo