A partir da ampliação da coleta seletiva em Porto Alegre, que passou a cobrir toda a cidade, as 19 cooperativas de catadores da Capital passaram a produzir mais. Atualmente, há entidades que separam até 100 toneladas de materiais recicláveis, contra 60 toneladas no início do ano. Desde 2014, cada local recebe entre R$ 3 mil e R$ 8 mil em um convênio com a prefeitura. No entanto, a parceria será modificada a partir de janeiro de 2016. A expectativa é que a renda de quem trabalha fazendo a triagem seja ampliada.
O novo contrato assinado nessa quarta-feira (18) entre o município e o Fórum de Catadores da cidade define a instalação de um grupo de trabalho para analisar o volume de resíduos que chega às cooperativas e a atuação de cada uma delas. A partir disso, será possível definir novos valores, que beneficiem os locais de maior produção.
As cooperativas recebem todo o lixo seco recolhido pela coleta seletiva de Porto Alegre. O convênio com a prefeitura permite a manutenção das entidades que empregam cerca de 800 pessoas em Porto Alegre. Do total, 85% são mulheres. A venda dos resíduos recicláveis é livre e todo o valor reverte para os cooperativados. A renda dos trabalhadores na Capital gaúcha é a maior do país e fica entre R$ 900 e R$ 1.000.