O segundo dia de interrogatório dos réus do processo criminal da Kiss, nesta quarta-feira, será marcado pelo depoimento do produtor de palco da banda Gurizada Fandangueira Luciano Bonilha Leão. Foi ele que, segundo o Ministério Público, comprou e acionou o artefato usado pelo vocalista Marcelo dos Santos que deu início ao fogo dentro da boate.
O primeiro dia foi marcado pelo depoimento de Marcelo. Por mais de duas horas, ele respondeu a todas as perguntas. No depoimento, disse que Kiko estava sempre na boate e que consentia com o uso do artefato pirotécnico no show.
"Kiko estava sempre na boate e via tudo", diz réu da Kiss
O depoimento de hoje, com o produtor de palco, começa a partir das 13h30min. Assim como o colega de banda, Luciano continuou morando em Santa Maria com a mulher (ele não tem filhos). Conforme o advogado Gilberto Weber, após sair da prisão, Luciano atuou por um tempo como motoboy, mas acabou voltando a trabalhar com a música. Desta vez, colocando som em eventos, o que faz atualmente.
- Ele nunca cogitou sair de Santa Maria. Gradativamente, foi retomando as atividades - disse Weber.
Mauro Hoffmann aparece pela primeira vez em uma audiência do Caso Kiss
De acordo com o defensor, Luciano recebe atendimento psicológico e pulmonar no Husm. O advogado disse que já falou com seu cliente sobre o assunto, mas não ficou definido se Luciano falará ou não no interrogatório:
- Tudo o que diz respeito à participação do Luciano no fato já está no processo. A questão que coloquei a ele é: existe alguma coisa que possa dizer que acrescentaria ao que já foi dito e provado? É sobre isso que ele vai decidir até esta quarta-feira.
Ex-sócios serão ouvidos em dezembro
Já Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, ex-sócios da casa noturna, serão ouvidos no início de dezembro. A audiência em que será interrogado Elissandro Spohr, o Kiko, marcada inicialmente para o dia 2 de dezembro, em Porto Alegre, foi antecipada para o dia 1º e transferida da Capital para Santa Maria, a pedido do advogado dele, Jader Marques.
Já a defesa do outro ex-sócio, Mauro, manteve o interrogatório em Porto Alegre. Mesmo tendo sido visto, eventualmente, em Santa Maria, segundo o advogado Bruno Menezes, Mauro mora na Capital com a esposa e é um direito que ele tem ser ouvido lá.