O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta que a votação dos vetos presidenciais ficará para novembro. Segundo Temer, a questão foi discutida no almoço desta quarta-feira, no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência, do qual participou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na semana passada, por duas vezes consecutivas, o governo tentou, sem sucesso, conseguir quórum para analisar vetos de Dilma a projetos que aumentam os gastos públicos.
- Chegamos à conclusão de que se deve deixar [a votação dos vetos] para o mês que vem - disse o vice-presidente.
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Temer disse que, nessa conversa, ficou decidido que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),"ajudará a agilizar" a votação de projetos importantes para o governo, como a proposta para Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2023.
- A base está sendo organizada - afirmou.
Em conversa com jornalistas ao entrar em seu gabinete, no Palácio do Planalto, perguntado sobre o que achava das recentes notícias sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Justiça, Temer respondeu:
- Eu vou ficar vice-presidente.
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O vice-presidente disse ainda que não conversou com o presidente da Câmara sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender o rito adotado por Cunha para eventual abertura de processos de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
- Decisão do Supremo se cumpre - limitou-se a dizer Temer, após se encontrar com Cunha.
*Agência Brasil