Confira os últimos ganhadores:
2014: Malala Yousafzai (Paquistão) e Kailash Satyarthi (Índia), "pela luta contra a opressão das crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação".
O Prêmio Nobel da Paz de 2015 foi concedido ao Quarteto Nacional da Tunísia. A decisão foi anunciada pela comissão nesta sexta-feira em Oslo, na Noruega. O grupo foi escolhido em razão da contribuição para a democracia no país após a Revolução de Jasmim de 2011.
A escolha é uma surpresa porque na lista de favoritos estavam o Papa Franciso, Angela Merkel, um padre da Eritreia e um médico congolês. "O Quarteto se formou em meados de 2013, num momento em que o processo de democratização corria perigo devido aos assassinatos políticos e aos importantes distúrbios sociais", destacou o comitê do prêmio.
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O grupo, composto pelo UGTT, sindicato histórico da Tunísia e símbolo da independência, pela patronal Utica, pela Liga Tunisiana de Direitos Humanos (LTDH) e pela ordem dos advogados, organizou um longo e complicado diálogo nacional entre os islamitas e seus opositores, obrigando-os a tirar o país de sua paralisia institucional.
O Quarteto lançou "um processo político alternativo, pacífico, num momento em que o país estava à beira da guerra civil", lembrou o comitê. Seu papel foi crucial para permitir que a Tunísia "estabelecesse um sistema constitucional de governo que garantisse os direitos fundamentais para o conjunto da população, sem distinções de sexo, convicções políticas ou crenças religiosas", explicou.
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Ao todo, 273 indicações foram feitas este ano, perdendo apenas para 2014, com 278 candidatos. Os vencedores receberão seus prêmios em uma cerimônia que será realizada em Oslo no dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte em 1896 do criador do prêmio, Alfred Nobel, cientista e filantropo sueco.
2013: Organização para a Proibição das Armas Químicas (OIAC), por seus esforços destinados a libertar o planeta destas armas de destruição em massa.
2012: União Europeia (UE), por ter contribuído para pacificar um continente devastado por duas guerras mundiais.
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2011: Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee (Libéria) e Tawakkol Karman (Iêmen), por sua luta não violenta em favor da segurança das mulheres e seus direitos a participar dos processos de paz.
2010: Liu Xiaobo (China), dissidente detido, "por seus esforços duradouros e não violentos em favor dos Direitos Humanos na China".
2009: Barack Obama (Estados Unidos) "por seus esforços extraordinários com o objetivo de reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos".
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2008: Martti Ahtisaari (Finlândia) por suas numerosas mediações de paz em todo o mundo.
2007: Al Gore (Estados Unidos) e o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU por seus esforços para aumentar o conhecimento sobre as mudanças climáticas.
2006: Muhammad Yunus (Bangladesh) e seu banco especializado no microcrédito, o Grameen Bank, porque "uma paz duradoura não pode ser obtida sem que uma parte importante da população encontre a maneira de sair da pobreza".
* Zero Hora com agências