O assédio à figura feminina caiu na rotina. A buzina e o assobio já viraram praxe. E quem sempre tem de mudar os hábitos para evitá-los somos nós, mulheres. Estranho, não? Digo isto lembrando de uma situação, infelizmente, quase corriqueira. Caminhando em uma avenida da Capital com roupa de ginástica, vejo ao meu lado um carro diminuindo a velocidade, quando deveria estar a, no máximo, 40 km/h. O passageiro baixa o vidro, estica o pescoço e grita insultos que toda mulher já ouviu pelo menos uma vez na vida. Por mais bem-educada que eu seja (ou tente ser), não me contive e retruquei com gestos e xingamentos.
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