Em visita à Expointer no sábado, José Ivo Sartori falou sobre o assunto mais comentado no Estado nas últimas semanas: a violência.
- Tenho andado em todos os Estados brasileiros e tenho conhecido as mesmas situações do que no Rio Grande do Sul - disse.
Zero Hora comparou os índices de criminalidade do Rio Grande do Sul com os quatro Estados mais populosos do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia) para checar se o governador tem razão.
Como critério de comparação, foram utilizados os dados de homicídios dolosos, principal indicador usado internacionalmente para medir níveis de violência, e de roubos de veículo, outro importante indicador de criminalidade, relativos ao primeiro semestre de 2015 que foram divulgados pelas secretarias de Segurança dos Estados
É verdade que a violência vivenciada pelos gaúchos é similar à enfrentada pelos paulistas, cariocas, mineiros e baianos. Ao cruzar as taxas de homicídios dos seis primeiros meses deste ano com a população de cada Estado, o Rio Grande do Sul está no meio do ranking dos cinco mais populosos do Brasil: registra índice superior ao de São Paulo e de Minas Gerais, mas mais baixo do que o do Rio de Janeiro e da Bahia.
"Violência cresceu por causa do parcelamento dos salários", diz Fortunati
Seção confere as declarações de Sartori
No que diz respeito ao roubo de veículos, o Rio Grande do Sul tem a menor taxa na comparação com os outros três Estados que disponibilizaram as informações.
É importante ressaltar que a afirmação não procede quando focamos apenas nas capitais. Porto Alegre é a campeã em roubo de veículos entre as cidades que disponibilizaram os dados do primeiro semestre. Em relação à segunda colocada, Salvador, a capital gaúcha apresenta taxa 26% maior.
Na comparação dos índices de homicídios, Porto Alegre só fica atrás da capital baiana, apresentando taxa superior às de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
Critérios de classificação
É verdade: a informação está correta e corresponde aos dados e estatísticas oficiais
Não é bem assim: parte da sentença está correta, mas há imprecisão no que está sendo dito
Não procede: a autoridade está equivocada no que diz
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