De saída da articulação política, Eliseu Padilha volta a priorizar a Aviação Civil

A partir desta terça-feira, a Secretaria de Aviação Civil da Presidência (SAC) volta a ser a prioridade do ministro Eliseu Padilha (PMDB-RS), que encerra suas atividades na articulação política do Palácio do Planalto até o final de setembro.

Nas próximas semanas, Padilha passará as manhãs na SAC e retorna à tarde para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), no quarto andar do Planalto. Sua ideia é ampliar a agenda na Aviação Civil de forma progressiva, conforme o desfecho da distribuição dos últimos cargos na máquina federal.

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- Cerca de 90% dos cargos estão acertadas, faltam poucas pendências em alguns Estados. Encerrada a etapa, retomo as atividades plenas na Aviação e continuo no conselho político do governo - diz o ministro.

Padilha mergulhou nos últimos cinco meses nas tratativas do Planalto com deputados e senadores. Quando Michel Temer (PMDB-SP) assumiu a articulação política em abril, o gaúcho deixou a Aviação Civil em segundo plano para auxiliar o vice-presidente, seu principal aliado em Brasília.

Desde então, o ministro esteve poucas vezes em seu gabinete, ocupou a sala da SRI que pertencia a Pepe Vargas (PT-RS), participou da aprovação do ajuste fiscal, negociou a liberação de emendas e acertou o rateio dos cargos federais entre os partidos aliados.

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Com a saída de Temer do dia a dia da articulação e o gradual afastamento do PMDB do governo, Padilha também vai se despedir do expediente nas Relações Institucionais. Os substitutos do vice e do ministro serão definidos pela presidente Dilma Rousseff em breve. Para o gaúcho, a SRI poderia ser extinta, já que a as emendas parlamentares se tornaram impositivas, o que esvaziou as funções da pasta que tem status de ministério.

- As emendas são impositivas, quem vai administrar o fluxo dos pagamentos é o Planejamento. Os cargos, depois que a composição é fechada, só daqui a quatro anos para discuti-los outra vez - diz.

Na retomada do expediente cheio na Aviação Civil, Padilha quer dar celeridade ao pacote de concessão de aeroportos, que inclui o Salgado Filho, e ao plano de aviação regional. As concessões estão na fase dos estudos prévios, executados por empresas interessadas nos leilões, enquanto o plano regional segue nas buscas por licenças ambientais.