O FMI se pronunciará nas próximas semanas sobre o pedido da Grécia apresentado nesta terça-feira sem sucesso, para evitar a moratória, informou nesta quarta-feira à AFP uma fonte próxima ao caso.
Atenas se transformou no primeiro país desenvolvido a entrar em moratória com o FMI, após o calote de 1,5 bilhão de dólares que deviam ser pagos na terça-feira.
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No entanto, as autoridades gregas solicitaram a prorrogação do prazo de pagamento, invocando uma cláusula excepcional do FMI que não é usada desde 1982.
O conselho de administração do Fundo, que representa seus 188 Estados-membros, começou a estudar o pedido com urgência nesta quarta-feira, mas se reunirá novamente nas próximas semanas para aprová-lo ou rejeitá-lo formalmente, afirmou a fonte, sem dar mais detalhes.
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Uma votação por maioria simples pode validar o pedido, que resultaria nesse caso em uma situação sem precedentes: a Grécia não estaria mais em moratória e poderia receber os recursos do FMI.
Entretanto, esta saída não é certa, já que o porta-voz do FMI Gerry Rice enfatizou que "essa regra política não é usada há muito tempo".
*AFP