Rosane de Oliveira: as estradas que deverão ter pedágio

Depois de o governador José Ivo Sartori ter pedido ao ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, a inclusão de rodovias gaúchas no programa de concessões do governo federal, a dúvida é o que vai entrar no pacote a ser anunciado na próxima semana pela presidente Dilma Rousseff, além da BR-101, entre Osório e Torres. A lista de sugestões do secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, é extensa.

Sabedor de que a única obra federal com recursos garantidos é a ponte do Guaíba, Westphalen identifica na concessão a única forma de conservar as rodovias federais e executar obras de duplicação, faixas adicionais, pontes e viadutos.

Até mesmo a duplicação da BR-290, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande, já contratada, poderá entrar no programa, para que seja executada pela iniciativa privada, mediante cobrança de pedágio.

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Na lista de estradas que o governo Sartori sugeriu incluir no programa de concessões estão a BR-386, que precisa ser duplicada a partir de Lajeado, a BR-158, entre Panambi e o porto de Rio Grande, a BR-285, entre Vacaria e Panambi, e o trecho da BR-116 entre Caxias e Vacaria.

Westphalen não descarta um acordo com o governo federal para incluir a ERS-122 no pacote, duplicar o trecho entre São Vendelino e Nova Milano e uni-lo à BR-116, encurtando o caminho entre Vacaria e o porto de Rio Grande.

O secretário dos Transportes considera a duplicação da ERS-122 uma questão de honra. Nos próximos dias, deve ser lançado o edital para a elaboração do projeto. A execução da obra tanto poderá ser de responsabilidade do setor privado quanto da EGR, que precisaria de financiamento. Seja qual for o modelo, é certo que haverá pedágio, já que nem o Estado nem a União têm dinheiro para investir em obras de vulto.

ERS-122 entre Farroupilha e São Vendelino carece de duplicação urgente

Mesmo que as estradas gaúchas não entrem no pacote da próxima semana, Westphalen acredita que Dilma fará novos anúncios ao longo dos próximos meses. O secretário vem conversando com a ANTT e reitera que o governo estadual não tem preconceito contra as concessões.