A primeira parte do julgamento de Rogério de Oliveira, 45 anos, suspeito de estuprar, matar e ocultar o corpo de Daniela Ferreira, em Agudo, em 2012, foi marcado por uma longa fala do réu ao ser interrogado. O júri, que acontece no Fórum de Agudo, começou às 9h e seguiu de forma direta até as 14h.
AO VIVO: acompanhe o júri popular do caso Daniela direto de Agudo
Após o sorteio dos sete jurados - todos homens -, o primeiro a falar foi o delegado titular de Agudo, Eduardo Machado. Em sua fala, o responsável pelo inquérito do caso disse que "nunca viu tamanha crueldade" em uma pessoa como em Rogério. Já condenado em outras duas situações, o histórico criminal do réu foi explorado pelo delegado.
Quase três anos depois, relembre o caso Daniela
Segundo Machado, em outro caso em que Oliveira fora condenado por estupro, o réu torturou a vítima. Em um caso de sequestro, deu bebida com entorpecente para as vítimas. Esse seria um modus operandi de Oliveira. Neste espaço, o advogado de defesa de Oliveira, Sério dos Santos Lima, questionou o delegado sobre possíveis falsos depoimentos dados por testemunhas.
Durante o interrogatório do réu, Oliveira baseou sua fala nas cartas que foram tema de reportagem do Diário no dia 20 de junho. Ele declarou que foi vítima de uma farsa para incriminá-lo em virtude de seus antecedentes criminais. O réu apresentou, também, uma segunda nova tese: de que ele e Daniela teriam sido sequestrados por dois homens. Conforme o réu, depois de rodar por cerca de dois quilômetros, ele teria conseguido fugir do veículo. Porém, Daniela teria ficado.
Após o interrogatório, a juíza, Magali Wickert de Oliveira, fez um intervalo de uma hora. O júri foi retomado às 15h.