A Caixa Econômica Federal informou nesta segunda-feira que suspendeu os pagamentos de serviços prestados às empresas IT7 e Borhi/Lowe e não contratará os serviços dos dois fornecedores investigados na Operação Lava-Jato até que sejam concluídas as investigações.
Na sexta-feira, a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Lava Jato - que apura esquema de corrupção na Petrobras, batizada de A Origem. Os contratos sob suspeita teriam favorecido o ex-deputado André Vargas (atualmente sem partido e ex-filiado ao PT). O Ministério Público Federal recolheu provas em quatro supostos esquemas nos quais Vargas teria usado o cargo público para obter vantagens de natureza pessoal. Entre eles, contratos fictícios de publicidade e na área de tecnologia da Caixa.
O banco estatal já tinha informado que abriu investigação interna para a apuração do caso. Segundo a Caixa, a comissão terá um mês para a realização dos trabalhos.
- A Caixa Econômica Federal esclarece que nos relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público, que deram embasamento à Operação A Origem, não houve nenhuma indicação de prática de irregularidade pela Caixa ou por seus empregados - diz a nota enviada hoje pela assessoria de imprensa.
A instituição informou que enviou cópia dos processos de licitação dos fornecedores e dos contratos firmados à Polícia Federal, Ministério Público, Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o banco, são cerca de 30 mil processos, que foram transferidos do arquivo de Goiânia para o edifício-sede da Caixa, em Brasília. Os documentos estão, de acordo com a instituição, em "ambiente seguro e com acesso controlado". O banco afirmou estar à disposição dos órgãos para os esclarecimentos necessários.