Quinze professores de Santa Maria aparecem no ranking dos 3 mil principais pesquisadores do Brasil, segundo um levantamento pelo site Ranking Web Universities, que divulga as listas de diversos países.
Esse ranking leva em conta o número de vezes que o pesquisador tem seus trabalhos citados em revistas científicas, teses e sites informativos de todo o mundo, com base em dados do Google Escolar. Por isso, há mais pesquisadores com produção importante que podem não aparecer na lista, porque não têm cadastro online no Google Escolar.
O professor João Batista Teixeira da Rocha, 51 anos, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFSM, aparece no ranking como o 28º com mais citações no Brasil. Como ele tem duas contas no Google, aparece duas vezes na lista, também como João Rocha. Ele está à frente até do ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, da Fundação Getúlio Vargas.
- Aparecer nessa lista é um indicativo de que a gente está trabalhando bem. É só um indicativo. A gente precisa melhorar muito a qualidade de nossas pesquisas. Antes, havia preocupação com a quantidade. Agora, nos focamos na qualidade. Existia muito essa questão de publicar por publicar. Mas a sociedade exige cada vez mais que as pesquisas atendem às necessidades da população, precisa haver algum benefício à sociedade - afirma Rocha.
Nascido no Rio de Janeiro, Rocha é doutor em Ciências Biológicas e Bioquímica pela UFRGS e tem pós-doutorado na UFRJ. Ele é professor da UFSM desde 1989 e, nesses 26 anos, tem trabalhado com pesquisas na área de toxicologia, como contaminação por mercúrio, e na área de educação e ciência, em que tem a preocupação de qualificar o ensino de ciências nas escolas. Recentemente, publicou artigos sobre o uso de insetos e baratas para substituir ratos e camundongos nas pesquisas científicas.
- Mostramos que os resultados obtidos com as baratas são bem semelhantes aos resultados com roedores - diz ele, que dá aulas atualmente nos cursos de Química licenciatura e bacharelado.