Três atentados suicidas reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) deixaram, nesta sexta-feira, pelo menos 142 mortos e 351 feridos em estado grave em Sanaa, capital do Iêmen, controlada desde janeiro pela milícia xiita dos 'huthis'. Os números foram comunicados pelo Ministério da Saúde do país. Hospitais da capital apelam para doação de sangue para atender os feridos.
O primeiro atentado suicida ocorreu na Mesquisa de Badr, no Sul de Sanaa, e matou o chefe religioso do templo. De acordo com testemunhas, quando os fiéis tentaram fugir da mesquita, outro terrorista se explodiu na entrada do templo. Uma terceira explosão aconteceu na mesquita de Al Hashahush, no Norte da capital.
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Em comunicado pela internet, o Estado Islâmico informou que os atentados a mesquitas xiitas foram apenas "a ponta do icebergue'". Desde agosto do ano passado, a região de Saada, no Norte do Iêmen, é palco de conflitos que já deixaram centenas de mortos e levou milhares de pessoas a se refugiarem em outras localidades.
Para tentar combater a rede terrorista Al Qaeda, o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, tem ordenado vários ataques militares ao grupo.
O governo brasileiro condenou os atentados e conclamou os atores políticos iemenitas "à abstenção de atos que possam provocar a radicalização do processo político, bem como a perseverar o diálogo como forma de encaminhamento das questões relacionadas à crise institucional daquela nação árabe".
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Como forma de contribuir para elevação socioeconômica do Iêmen, o governo brasileiro informou que, desde 2012, recebe sucessivas missões oficiais daquele país para treinamento e capacitação em tecnologias e políticas de desenvolvimento humano, combate à fome, extensão rural e implementação de programas de assistência social e escolaridade básica.
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*AFP