O Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul não deve recuar da decisão em não aderir ao ponto biométrico. O presidente da entidade, Marlonei dos Santos, diz que existe um acordo desde 1998 para que os médicos não registrem entrada e saída. Ele diz que não há motivos para cumprir a carga horária, já que os atendimentos levam menos de quatro horas para serem realizados. Marlonei ressalta que o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde é diferente do serviço no Postão 24 Horas, porque as consultas são agendadas:
"Tem de ficar claro: a gente atende por número de pacientes pré-agendados, não é pela demanda, como no Postão. No Postão, por exemplo, todos os médicos têm ponto biométrico há muito tempo. Nas Unidades Básicas, não é por demanda, quem chega é atendido. São atendidas pessoas agendadas. Dependendo da carga horária do médico, atende 11, atende 16, atende 24. Nós não vamos, tem de ficar bem claro, não vamos atender duas horas e ficar duas horas olhando para as paredes".
Embora esteja firme na decisão, ele admite que os médicos podem voltar atrás se a prefeitura apresentar uma proposta que agrade a categoria. Sobre a reunião que a prefeitura deve marcar com a presença do Ministério Público, Marlonei garante que participa. No entanto, ele não gostaria de conversar com Sindiserv, porque não reconhece o Sindicato dos Servidores como representante da categoria médica.