Sete meses depois do misterioso desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines, a busca submarina foi retomada nesta segunda-feira no Oceano Índico, provável local de queda do avião, anunciaram as autoridades australianas.
Depois de uma primeira fase de buscas sem resultados na superfície e em profundidade, uma embarcação especializada fretada pela Malásia começou a rastrear o fundo do mar para tentar localizar destroços do Boeing 777-200 desaparecido em 8 de março, pouco depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, com 239 pessoas a bordo, sendo 153 chineses.
- O navio "GO Phoenix", com material e especialistas disponibilizados pela Phoenix International, chegou à região de busca, no Oceano Índico, e começou as operações de exploração submarina - anunciou a ATSB, agência australiana de segurança dos transportes.
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O "Go Phoenix" e o "Fugro Discovery" - fretado pela Austrália - devem submergir a 5 mil ou 6 mil metros potentes sonares programados para detectar as partes volumosas do avião, como motores, trem de pouso e fuselagem.
O contato com a cabine foi perdido após uma hora de voo e desde então nenhum vestígio físico da aeronave foi encontrado. Os sistemas de comunicação foram captados diversas vezes por satélites e isto permitiu reconstituir a suposta trajetória até a possível queda no mar, ao sul do Oceano Índico, na altura da costa oeste da Austrália.
Várias hipóteses foram mencionadas, desde um ataque de loucura do piloto ou copiloto até um sequestro, passando por uma falha mecânica grave.
A explicação mais plausível, segundo os coordenadores da investigação, é que uma queda brusca do nível de oxigênio a bordo tenha deixado tripulantes e passageiros inconscientes. O avião seguiu voando no piloto automático até cair por falta de combustível.
Em 17 de julho, outro Boeing da Malaysia Airlines, que voava de Amsterdã a Kuala Lumpur, explodiu em pleno voo, aparentemente derrubado por um míssil quando sobrevoava o leste da Ucrânia. Transportava 298 pessoas, incluindo 193 holandeses.
* AFP