De seu gabinete no 13º andar das torres do Congresso, o senador Fernando Collor de Mello avista o Palácio do Planalto, de onde saiu sob vaias no dia 2 de outubro de 1992. Absolvido em abril pelo Supremo Tribunal Federal na última ação penal relativa a sua passagem pela Presidência, Collor quer reescrever a história. Aos 64 anos, carrega na lapela a imagem de Nossa Senhora - é devoto da congregação Arautos do Evangelho. Em uma das paredes, um imenso painel em madeira de A Ceia do Senhor, de Rubem Zevallos. Para Collor, o impeachment foi um golpe parlamentar baseado em fatos juridicamente inaceitáveis. Candidato à reeleição pelo PTB de Alagoas, Collor conversou com ZH por quase duas horas na última quarta-feira. E logo lembrou que tem "sangue gaúcho", referindo-se ao avô, o jornalista Lindolfo Collor, que virou nome de município no Estado, e à mãe, Leda.
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