Violenta em 2013, a situação da Restinga ainda piorou. Nos quatro primeiros meses do ano, 20 pessoas foram assassinadas no bairro da Zona Sul da Capital. Mais do que o triplo registrado no mesmo período do ano passado, conforme o levantamento do Diário
Gaúcho. O Território da Paz mantém uma realidade alarmante já verificada a partir do segundo semestre de 2013. É o líder em homicídios entre as quatro áreas consideradas prioritárias na Capital pela polícia.
No ano passado, a Brigada Militar mapeou pelo menos 17 gangues - formadas, em sua maioria, por jovens e adolescentes - agindo no bairro. Atualmente, conforme o levantamento da 4ª DHPP, são pelo menos seis áreas em conflito por território e domínio das bocas de tráfico. Nelas, conforme os moradores, os tiroteios são quase diários.
- Tem que ficar o dia inteiro se cuidando. E quando anoitece, nem pensar em sair para a rua - diz uma moradora dos blocos do conjunto habitacional da Avenida Economista Nilo Wulff, uma das zonas em guerra.
A estimativa, na Restinga, é de que, para cada homicídio, aconteçam pelo menos duas tentativas. Só na última semana, foram cinco assassinatos no bairro e pelo menos outros três tiroteios entre gangues.
● Pedido de ajuda pelas redes sociais
A reação da comunidade começa a vir nas redes sociais. Há tempos é comum encontrar perfis de suspeitos mostrando armas ou ameaçando rivais. Agora, pelo menos três páginas no facebook fazem levantamentos próprios dos assassinatos na Restinga, pregam a paz e até estimulam o reconhecimento dos criminosos. Algo que, de acordo com o comandante do 21º BPM, tenente-coronel Oto Amorim, ainda não se refletiu no mundo real.
É bala para todo lado
Em quatro meses, Bairro Restinga registra mais do que o triplo de assassinatos que em 2013
Moradores se mobilizam como podem para tentar combater os tiroteios quase diários
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