O acidente que tirou a vida de Bruna Lopes Capaverde, 15 anos, na manhã deste sábado acabou com os planos da estudante do Colégio Piratini, em Porto Alegre, de cursar uma faculdade. Ela estava em dúvida sobre o curso, mas a prima Michelle Freitas, 23 anos, vivia aconselhando que seguisse o rumo das Relações Públicas. É que Bruna, mesmo ainda distante da maioridade, adorava trabalhar em uma produtora de eventos, a Slim. Ela vendia ingressos e se divertia com a atividade, conta a prima.
- Eu dizia que ela tinha que seguir por essa área porque ela era extrovertida, simpática e falante. Ela adora essa coisas de festas - disse Michelle.
Bruna era a única garota entre quatro irmãos
Foto: Arquivo pessoal
Na noite de sexta-feira, ela foi com duas amigas para uma festa na Farms, no Shopping Total, na Capital. O costume era que um pai de alguma delas as buscasse nas festas e levasse todas para suas casas. Como combinado, o trio embarcou na EcoSport do pai de uma das amigas de Bruna no início da manhã. Por volta das 5h30min, a EcoSport topou com o Corsa branco conduzido por Diego Alberto Joaquim da Silva, 29 anos. Ele voltava da casa de um amigo, afirmou o pai dele. Os veículos bateram no cruzamento das avenidas Pernambuco e Brasil. Bruna morreu no local, e outras três pessoas ficaram feridas.
Pouco tempo depois, Michelle recebeu um telefonema dos pais de Bruna, pedindo que ela fosse até a casa deles para ficar com os dois irmãos mais novos dela, de um e três anos - a adolescente era a única garota entre quatro irmãos. Como mora perto dos tios, Michelle chegou rapidamente à casa deles. A mãe de Bruna foi para a casa da sobrinha para ser confortada. O pai da garota foi tratar dos procedimentos que envolviam a morte da filha.
Na casa de Bruna, Michelle tentava manter os meninos alheios à tragédia. O irmão de três anos perguntou onde estavam "o pai, a mãe e a Bu", como chamava a irmã.
- Eles saíram. Já vão voltar - respondeu Michelle.