Com quase 45 mil metros quadrados de área, a praça Tamandaré - a maior do interior do Estado - é alvo de polêmica.
A Câmara de Vereadores de Rio Grande aprovou a indicação de um parlamentar para estudar uma possível retirada dos animais enjaulados no tradicional minizoo da cidade.
A ação gerou debate pelas redes sociais e rádios locais. Por um lado, a proposta do vereador Petter Botelho (PCdoB) ganhou apoio de ambientalistas. Eles concordam com a ideia de retirar os macacos, porquinhos-da-índia e coelhos de um espaço confinado, em más condições, que é alvo de atos de vandalismo.
Botelho conta que soube de pessoas que jogam baganas de cigarro e chicletes nas jaulas dos macacos. Além disso, segundo ele, no ano passado, um cão pitbull foi solto dentro de uma das jaulas e atacou coelhos.
Para evitar este cenário, o vereador sugere copiar o modelo de preservação realizado em Porto Alegre. Na Capital, animais que viviam em um minizoo na Redenção foram levados para um criadouro em Santa Maria.
- Temos de mudar o conceito de que é uma coisa legal levar as crianças para ver os bichos presos - diz.
Verba economizada serviria para criar novas atrações
No local ocupado pelos bichos, Botelho sugere que sejam realizadas atividades ao ar livre ou apresentações artísticas. Para ele, o espaço deveria servir para piqueniques, rodas de chimarrão e contato com a natureza.
De acordo com a secretaria de Serviços Urbanos de Rio Grande, a prefeitura gasta R$ 51 mil por ano na alimentação dos animais do minizoo. Para o vereador, a verba economizada com a extinção do local poderia servir para outras finalidades, inclusive a manutenção de um novo espaço.
Mas enquanto a ideia ainda é estudada pela prefeitura, nas redes sociais, o debate é intenso. Em uma postagem do vereador no Facebook, mais de cem comentários dividem-se entre apoio à causa e protestos.
Uma das vozes contrárias à proposta é a do suplente de vereador João Dutra Júlio, o João da Barra (PMDB). Ocupando uma das cadeiras do Legislativo rio-grandino, o parlamentar votou contra a indicação. Segundo ele, o ideal seria a prefeitura realizar uma grande obra de revitalização da praça e dar mais condições aos animais.
- O minizoo é uma tradição de Rio Grande. Por isso, acho que o caminho não é esse - comenta.
Ainda não há data para a entrega do estudo sobre a viabilidade de retirada dos animais.