O Ministério Público investiga uma suspeita de fraude no transporte coletivo de Passo Fundo, no norte do Estado. Conforme o órgão, funcionários de uma das três empresas que realizam o serviço no município são suspeitos de adulterar catracas e desviar dinheiro da instituição.
A investigação revelou que cerca de 80% da frota da Companhia de Desenvolvimento de Passo Fundo (Codepas) teve a catraca violada, o que corresponde a 27 dos 34 veículos da empresa. Segundo o promotor Paulo Cirne, a suspeita é que os funcionários tenham rompido o lacre dos equipamentos.
- Eles teriam girado as catracas no sentido inverso, para demonstrar um número menor de passageiros do que o real. Depois, teriam furtado as passagens ou o dinheiro referente a estes usuários.
O MP iniciou a investigação em março e aguarda receber a conclusão de uma sindicância realizada pela empresa. O órgão ainda não tem informações sobre o valor desviado, mas a suspeita é que o esquema tenha iniciado em 2012.
A Codepas é a única empresa pública a realizar o transporte coletivo no município. Os funcionários responsáveis pela fraude podem responder por furto, formação de quadrilha e improbidade administrativa. Eles também estão sujeitos a perda do cargo público e à devolução do valor desviado. O MP não informou quantos funcionários estariam envolvidos na fraude ou que cargo eles ocupam na empresa.
Conforme o diretor presidente da Codepas, Tadeu Karczeski, a empresa tem conhecimento da suspeita fraude desde janeiro, quando foi realizada uma vistoria nos veículos.
- Foram constatadas irregularidades no lacre das catracas e resolvemos apurar o caso com uma sindicância, iniciada em fevereiro.
Karczeski revela que o sistema de segurança das catracas foi substituído por um de melhor qualidade ainda em fevereiro. Desde então, apenas dois lacres foram rompidos. A empresa já ouviu 30 funcionários e pretende encaminhar a sindicância ao MP em no máximo 30 dias.
Catracas violadas
MP investiga suspeita de fraude no transporte coletivo de Passo Fundo
Funcionários são suspeitos de desviar dinheiro da empresa municipal
Fernanda da Costa
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