A idosa, Beatriz Winck, permanece desaparecida há nove meses. Ela estava com o esposo Delmar Winck em Aparecida, quando sumiu. O fato ocorreu no dia 21 de outubro do ano passado. O casal gaúcho recém tinham almoçado, quando deixou o Hotel Cathedral e foi até o Santuário Nacional de Aparecida. O marido entrou numa loja de artigos religiosos para comprar DVD´s. Dona Beatriz preferiu ficar do lado de fora. Após pagar a conta, Delmar não encontrou mais a esposa.
A delegacia de Aparecida esgotou as investigações. O delegado Anísio Galdioli adianta que o caso foi remetido à uma delegacia especializada. "Estamos remetendo o inquérito para a delegacia especializada em homicídios e desaparecidos na capital de São Paulo. Lá eles têm mais recursos do que a delegacia de Aparecida", explica o delegado.
Uma das principais suspeitas da Polícia acabou não se confirmando. Tratava-se de uma pessoa que havia consultado os dados de Dona Beatriz em Santa Catarina.
"Após ouvir essa pessoa em Santa Catarina, ficamos sabendo que ela estava buscando informações para ajudar a encontrar Dona Beatriz", conclui o delegado.
Praticamente todos os taxistas de Aparecida sabem do caso. A Rádio Gaúcha conversou com alguns, que preferiram não se identificar.
"Isso é uma coisa que dói no coração da gente. Imagina da família", lamenta um dos motoristas.
"Eu cheguei a levar o marido dela em Guaratinguetá (cidade vizinha) para procurar a Dona Beatriz, mas nada", lembra outro taxistas.
"Distribuíram vários cartazes com a foto de Dona Beatriz em Aparecida. Ontem mesmo eu vi um", diz esse taxista.
O proprietário do hotel onde Dona Beatriz ficou hospedada, Márcio Chade, não teve mais informações sobre o caso."O que tem é boato. De que viram ela em Santos, por exemplo. Mas os boatos nunca se confirmam", conta o empresário.
O filho de Dona Beatriz João Carlos Winck não perde a esperança. "Nós não vamos descansar enquanto não a encontrármos. Temos certeza de que ela está viva", diz o filho.
Uma vez por mês o filho de Dona Beatriz fica hospedado em Aparecida e procura pela mãe. A família, que vive no Vale do Sinos, faz um investigação paralela e conta com a ajuda de vários voluntários dos municípios do Vale do Paraíba. Segundo a Delegacia de Aparecida, é o primeiro caso de desaparecimento que não é solucionado na cidade. Procuramos os responsáveis pelo Santuário de Aparecida e ninguém quis se manifestar.
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