Em sua primeira entrevista como jogador do Grêmio, Eduardo Vargas recebeu a camisa 8 das mãos do presidente Fábio Koff. O número, segundo Koff, é uma aposta na mística da equipe de 1995, campeã da Libertadores.
O chileno falou sobre a disputa do Grêmio com outros clubes pela sua contratação e contou como tomou sua decisão de jogar em Porto Alegre.
- Foram muitas conversas com meu representante e muitos clubes lutando por mim. E o Grêmio nunca parou de lutar, porque contava com o meu futebol e com o que eu poderia acrescentar ao time. Por isso, com meu empresário, minha família e amigos, decidi pelo Grêmio, que tem um ótimo técnico e bons jogadores - afirmou.
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Eduardo Vargas também comentou a responsabilidade por chegar ao Grêmio como principal reforço da temporada. O atacante espera conquistar a Libertadores vestindo a camisa tricolor.
- É uma grande responsabilidade, mas vou tomar confiança e fazer o que sempre fiz em campo para ter sucesso na Libertadores e sair campeão - disse, lembrando de seu título na Sul-Americana em 2011:
- Aquele ano foi muito lindo na Universidad de Chile. Aqui, com um bom grupo, quero fazer a mesma coisa coisa.
Na primeira manifestação como jogador do clube, o atacante chileno elogiou sua recepção por mais de mil torcedores no Aeroporto Salgado Filho. O calor da torcida que acompanhou a chegada do jogador a Porto Alegre foi apontado como uma das armas para a disputa da competição continental.
- Havia muita gente, e não pensei que eram tantas pessoas. A torcida é linda, agradeço a confiança para estar em campo - disse.
Além disso, elogiou o provável companheiro de ataque, o boliviano naturalizado brasileiro Marcelo Moreno:
- É bom ter um companheiro como Moreno e todos os outros de ataque. Mas com ele, que fala espanhol, creio que eu possa me entender bem.
O novo camisa 8 demonstrou já saber um bocado do clube que irá defender. Apontou o grupo de jogadores do Grêmio como qualificado, e ainda disse o que espera de sua passagem pelo futebol gaúcho, além de projetar o clássico Gre-Nal:
- Meu representante falou muitas coisas de Grêmio. Que tinha um bom grupo, um excelente corpo técnico, cidade tranquila. E eu tinha um companheiro brasileiro no Napoli (o zagueiro Bruno Uvini, ex-São Paulo) que falou muito do Brasil. Ele disse que o futebol gaúcho é muito forte, aguerrido. Tem o clássico contra o Inter. Creio que estarei tranquilo para jogar.
A rotina de Vargas no Olímpico só deve ter início a partir de domingo. Vargas ainda não fez exames médicos, o que acontecerá pela manhã. À tarde, deve passar por avaliação física do novo fisioterapeuta do clube, Nilton Petrone, o Filé.
O início da próxima semana será reservado para agilizar a documentação de sua liberação. O Grêmio mostra preocupação com a lentidão do processo, que é mais complicado para chilenos se comparado a argentinos e uruguaios.
Em meio aos trâmites burocráticos para agilizar sua estreia, Vargas tentará encontrar tempo para treinar já na segunda-feira. Quando o Grêmio retornar de Quito, começa a trabalhar normalmente com o grupo principal, tudo para estar pronto quando a papelada lhe autorizar a entrada em campo.
Fardou
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