
Se o Beira-Rio não ruge mais e deixou de intimidar seus adversários, o problema está no cronograma das obras do estádio para a Copa de 2014. A definição vem do ex-presidente Vitorio Piffero. Segundo ele, o calendário proposto pelo Inter à Andrade Gutierrez era de reformar quadrante por quadrante da arquibancada inferior. Não foi o que fez a AG que, segundo Piffero, utiliza o modelo "demolir para depois construir".
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Em reportagem publicada em Zero Hora no início de abril, o cronograma da obra, mesmo com a parada nas obras e recomeço em 20 de março, previa para até 30 de junho a liberação, ao público, da metade da social que havia sido demolida ainda em 2011. A data não foi cumprida.
- No nosso modelo já teríamos entregue o terceiro quadrante. A Andrade Gutierrez fez apenas um. Teríamos a torcida ocupando os espaços bem mais próximos ao campo. O Beira-Rio seria o Beira-Rio. E com recursos que estavam no caixa e foram repassados à Andrade Gutierrez - resumiu o ex-presidente.
Piffero refere-se ao problema apontado por Fernandão após a derrota para o Fluminense, neste domingo. Para o treinador, o Inter sofre com a reforma do estádio. Com o torcedor somente na superior, o grito fica distante, não existe a pressão. O estádio está "vazio", com a capacidade diminuída para algo próximo dos 20 mil espectadores - a média do Inter no ano é de pouco mais de 10 mil torcedores. Fernandão apontou, inclusive, a possibilidade de o Inter jogar fora do Beira-Rio.
- Sair do Beira-Rio já não sei. O que eu sei é que poderíamos estar com a inferior pronta, sendo usada e não estamos usando. A Andrade Gutierrez poderia ter seguido nosso cronograma para não ficar o estádio como está. Eles estão fazendo o cronograma que querem fazer e não o melhor cronograma para o Inter - desabafou Piffero.
Segundo o site do Inter, atualmente são 450 pessoas trabalhando nas obras de modernização. A previsão de conclusão das obras segue a mesma: dezembro de 2013.