A perda de um familiar deixou aos Stein um imenso acervo histórico acumulado ao longo de uma vida inteira em Erechim, no norte do Estado. O problema é que falta um museu na cidade para guardar os mais de 3 mil itens.
O artista Frederico Guilherme Stein, conhecido como Willy, era um apaixonado por artes e história. Até morrer, há cerca de 10 dias, ele guardou relíquias em sua casa no bairro Ipiranga. Entre as peças estão cerca de 300 máquinas fotográficas, filmadoras e projetores de cinema.
Os quartos e a sala também têm móveis e utensílios históricos. No porão, outro tesouro: aparelhos de rádio, eletromecânicos, magnetos de avião e obras de arte que aguardam por restauração. Com a morte recente de Willy, aos 82 anos, o acervo é cuidado pelo irmão Ricardo Stein, 73 anos.
- Meu irmão lutou a vida toda por um museu na cidade. Várias pessoas que já faleceram deixam acervos como o nosso, que acabam por se desintegrar ou vão para museus em capitais - conta Stein.
Conforme a vice-prefeita de Erechim, Ana de Oliveira, o Arquivo Histórico da cidade tem um projeto para criar no prédio da antiga Estação Ferroviária o primeiro espaço para receber acervos como o da família Stein. As obras, em andamento, devem ficar prontas até o fim do ano.
Raridades
- No acervo, há itens como negativos de fotografias em vidro
- Jornal em película feito em 1943
- Máquina fotográfica de 1887
- Teodolitos (instrumentos para medir ângulos) usados no período de colonização da região
Relíquias no Norte
Família guarda mais de 3 mil peças à espera de criação de museu em Erechim
Após a morte do colecionador Willy Stein, familiares conservam acervo histórico dentro de casa
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