O Brasil não tem mais chances nas disputas individuais da esgrima. Na manhã desta quarta-feira, com três representantes do Rio Grande do Sul, foi disputada a fase classificatória do florete. Jovane Guissone, Vanderson Luis Chaves e Mônica Santos acabaram eliminados. Eles voltam às pistas nas competições por equipe, quinta e sexta-feira.
Convocado de última hora devido à exclusão da equipe russa, Vanderson, 22 anos, foi o único a vencer. Ele ganhou, justamente, de Jovane.
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– Era um sonho, estava ansioso, mas dei o meu melhor. Saio feliz. Agora é focar em 2020 para trazer essa medalha – disse Vanderson, que aproveitou para agradecer o apoio vindo de Porto Alegre, da família e amigos que moram no bairro Bom Jesus.
– Meu Facebook e WhatsApp estão bombando de mensagens – brincou.
Depois, Jovane e Vanderson perderam os três combates que cada um disputou pela categoria B. No feminino, Mônica Santos ficou fora das finais após perder os cinco jogos da fase classificatória.
– Por estar na categoria A e ser a única cadeirante competindo com amputadas, era o resultado esperado – disse a gaúcha de Santo Antônio da Patrulha, que buscará reclassificação a partir do próximo ciclo paraolímpico (para ingressar na categoria B, destinada a cadeirantes com menos mobilidade).
Mesmo sem sair vencedora da pista, Mônica era só sorrisos na área de entrevistas. Participar de sua primeira paraolimpíada foi a realização de um sonho.
– Foi emocionante entrar e ver aquela galera torcendo pela gente, ainda mais com o marido e a filha na arquibancada – comentou sem esconder a satisfação.
Para ter a filha Paolla, hoje com 13 anos, a atleta optou por não fazer a cirurgia que poderia fazê-la voltar a andar. Nesta quarta, após um mês de treinos em São Paulo e concentração no Rio, ela voltou a abraçar a menina que mudou sua vida.
– Digo sempre que sou bem mais feliz hoje, cadeirante, do que antes – enfatizou Mônica.
*ZHESPORTES