O Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançou o projeto Floresta Olímpica do Brasil nas cidades de Tefé e Alvarães, no Amazonas, em ação que vai proporcionar o reflorestamento de cerca de 6,3 hectares de floresta em comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. A iniciativa contou com o reforço da medalhista olímpica do skate Rayssa Leal, embaixadora de sustentabilidade do COB, que esteve presente na Amazônia para o lançamento do projeto, do qual é madrinha.
A iniciativa foi apresentada ao público no domingo (2) à noite, em reportagem veiculada no programa Fantástico, da TV Globo. Uma comitiva liderada pelo presidente do COB, Paulo Wanderley, e pela atleta esteve na Amazônia ao longo da última semana. Na quarta-feira (29), ambos conduziram o lançamento do projeto nas comunidades Bom Jesus da Ponta da Castanha e aldeia São Jorge da Ponta da Castanha, principais impactadas pela iniciativa.
Diante da presença de autoridades e de representantes das comunidades locais envolvidas, duas mudas de Jatobá, espécie nativa da região, foram plantadas pelo presidente do COB e pela vice-campeã olímpica para simbolizar a inauguração do projeto, que vai durar ao menos até 2030. Além disso, os dois fincaram uma placa comemorativa no local.
— O tema da preservação e recuperação do meio ambiente é muito importante para toda a sociedade, e para o esporte não é diferente. É verdade que toda empresa gera impacto social e ambiental e o Movimento Olímpico como um todo tem que assumir essa responsabilidade. Agora, com a Floresta Olímpica do Brasil, uma iniciativa inédita no país, o COB vai mergulhar ainda mais na pauta da sustentabilidade, assunto mais do que urgente no planeta inteiro. Estou muito orgulhoso do legado que estamos construindo com ações e parcerias como esta — afirmou Paulo Wanderley.
A iniciativa do COB está inserida no "Olympic Forest Network", uma rede que prevê a restauração de florestas por Comitês Olímpicos Nacionais do mundo por meio de uma proposição do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Signatário da rede olímpica de florestas desde 2023, o COB escolheu impactar sobretudo as comunidades Bom Jesus da Ponta da Castanha e aldeia São Jorge da Ponta da Castanha, nas cidades de Tefé e Alvarães (Amazonas). Elas se localizam dentro dos limites da Floresta Nacional de Tefé (FLONA), no coração da Amazônia brasileira, área federal protegida e gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A restauração vai incluir o plantio de aproximadamente 4,5 mil árvores de espécies nativas, incluindo algumas que fazem parte das atividades tradicionais de extrativismo dos moradores locais, como a castanha da Amazônia (Bertholletia excelsa) e o açaí (Euterpe oleracea).
— Estou muito feliz de participar disso tudo com o COB e outras atletas. A gente precisa pensar cada vez mais em sustentabilidade, no nosso dia a dia mesmo. Me sinto honrada por estar aqui e plantar a primeira árvore da minha vida — disse Rayssa.
O COB tem como parceiro no projeto o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A iniciativa vai compensar a emissão de quatro mil toneladas de CO2 na atmosfera.