Os diretores Associação de Tênis Feminino (WTA) aceitaram se reunir com as jogadores ucranianas para avaliar suas preocupações em um momento em que a tensão no vestiário com russas e bielorrussas continua latente.
A ucraniana Marta Kostyuk declarou à imprensa na quinta-feira (23) que as jogadoras tinham solicitado um encontro com a direção da entidade, mas tinham sido ignoradas.
— Queríamos ter a reunião e não conseguimos. Nenhuma resposta, nada, só silêncio — declarou Kostyuk após ser derrotada pela russa Anastasia Potapova no torneio de Miami.
Um porta-voz da WTA confirmou que a organização recebeu uma solicitação das jogadoras e que realizaria a reunião quando encontrasse uma data adequada. A Associação também disse que já realizou encontros com as jogadoras ucranianas previamente.
Na quinta-feira, Kostyuk recusou dar detalhes sobre as questões que as tenistas querem abordar.
— Assim que estivermos na reunião, poderemos falar sobre isso. Antes, não acho que seja uma boa ideia falar o que queremos conversar — declarou.
Durante o torneio de Indian Wells, várias jogadoras do circuito, como a bielorrussa Aryna Sabalenka, número 2 do mundo, reconheceram que as tensões continuam presentes por conta da invasão à Ucrânia por parte da Rússia, com o apoio de Belarus.
A ucraniana Lesia Tsurenko desistiu do torneio antes do jogo contra Sabalenka alegando ter sofrido uma crise de pânico, e a número 1 do mundo, a polonesa Iga Świątek, pediu à WTA que ofereça mais ajuda às tenistas do país.
Kostyuk e Potapova não se cumprimentaram depois de seu duelo na quinta-feira em Miami. Em Indian Wells, a russa recebeu uma advertência por ter usado uma camisa do time de futebol Spartak Moscou antes de um jogo.