A seleção brasileira de basquete masculino perdeu de Porto Rico por 92 a 90, em jogo disputado na noite desta quinta-feira (23) em Santa Cruz do Sul. O confronto foi válido pela penúltima rodada do Grupo F das Eliminatórias para a Copa do Mundo da modalidade.
Em um ginásio que recebeu 70% de sua capacidade, o Brasil entrou em quadra necessitando da vitória para garantir de forma antecipada a classificação para o Mundial, que será disputado entre agosto e setembro. Com a derrota, o time dirigido por Gustavo De Conti precisará vencer os Estados Unidos, no próximo domingo (26), para ficar com uma das três vagas diretas.
A vitória assegurou os porto-riquenhos no Mundial. Com o triunfo, eles igualaram a campanha brasileira, com sete vitórias e quatro derrotas. Na rodada final, a seleção centro-americana enfrentará a já eliminada Colômbia, em Medellín.
O jogo desta quinta começou com uma cesta de Lucas Mariano para levantar os cerca de 5 mil torcedores no Ginásio Poliesportivo. O pivô abriu o quinteto titular do técnico Gustavo De Conti ao lado de Yago Mateus, Georginho de Paula, Léo Meindl e Bruno Caboclo.
Com duas bolas de três de Gian Clavell, Porto Rico passou a ter o domínio do marcador. Com transição rápida e aproveitando os erros do time brasileiro, os visitantes foram ganhando confiança e, nem mesmo quando o Brasil empatou e virou em 17 a 15, após as entradas dos experientes Marcelinho Huertas e Vítor Benite pareceu abalar o time comandado por Nelson Colón. Ao término dos 10 primeiros minutos, o placar indicava 24 a 24.
O segundo período foi todo porto-riquenho. Com o pivô Ismael Romero levando nítida vantagem sobre a defesa brasileira e a boa movimentação de seus laterais, especialmente Clavell, os visitantes sempre estiveram confortáveis e com vantagem, até o intervalo chegar com o marcador indicando 52 a 44 para Porto Rico.
A volta do intervalo trouxe uma nova equipe do Brasil para a quadra. Uma cravada de Bruno Caboclo foi a senha para uma reação e com Benite, Gabriel Jaú e Léo Meindl, a seleção conseguiu trazer o torcedor, que aos gritos de "Brasil, Brasil", deu um ânimo para que o empate chegasse a três minutos do final do terceiro período (64 a 64) e a virada surgisse no último minuto, com Benite em uma bola de três (69 a 66). Mas mesmo assim, os porto-riquenhos seguiram frios e retomaram a liderança.
Os 10 minutos finais começaram com muitos erros e tensão visível. A primeira cesta só foi sair com quase dois minutos jogados, e foi porto-riquenha. Do lado brasileiro, quem tentava comandar uma reação era o ala Gabriel Jáu, que marcou duas cestas seguidas e deixou o placar em 74 a 77. Porém, na sequência, Christopher Ortiz meteu uma bola de três e fez 80 a 74 para a seleção caribenha.
Mais uma vez com Jaú e Benite, o Brasil esboçou reação e cortou a distância para apenas três pontos (81 a 84). O técnico porto-riquenho pediu tempo e depois de errar duas bolas de três, os brasileiros voltaram a encostar com Léo Meindl (83 a 84). A torcida ficou de pé e passou a vaiar todo o ataque da seleção rival, até que Yago meteu uma bola de três e a seleção virou para 88 a 86. Restavam quatro longos minutos.
Com o placar em 90 a 90 e restando um minuto, os dois times cometeram erros em sequência, dois para cada, até a a bola ficar com Porto Rico com o cronômetro marcando 24 segundos por jogar. Veio o pedido de tempo dos caribenhos para organizar o ataque, e a bola decisiva foi para as mãos do armador Waters, que já havia sido o carrasco brasileiro em San Juan, na partida de ida. E com o relógio zerando, ele fez a cesta da vitória e saiu provocando a torcida brasileira, o que gerou um empurra-empurra entre os jogadores, após os brasileiros cobrarem a atitude.